Quando vivemos baseados no tempo e no espaço, tornamo-nos
limitados quanto ao nosso poder de influência e ação. Entendemos, por que assim
aprendemos que só podemos agir se tivermos tempo e se estivermos em algum local
fisicamente. Parece natural que seja assim. Tenho um corpo e para transitar com
este corpo necessito do espaço e para transitar no espaço necessito do tempo,
natural certo? Nem tanto assim.
Nosso poder de ação e transformação do mundo supera e
muito os sentidos comuns que experimentamos diariamente. Em algum momento da
vida necessitamos mergulhar em nosso mundo interior e este é atemporal e não é
determinado por um espaço físico. Essa introspecção é necessária para
transformar o conceito de que a vida é má ou injusta.
É preciso compreender que a vida não é boa ou má, justa
ou injusta, ela simplesmente é. Quem dá o tom da justiça somos nós, com nossas
crenças e valores, com nossos momentos cheios de significados individualizados
no coletivo.
Grande parte do conceito de justiça está baseada na ação
passada e também a projetamos no futuro, raramente nos atemos ao momento
presente. É a experiência passada quem nos dá a referência do que é certo ou
errado na vida. Eu aprendi que isto, na maioria das vezes, não é verdade.
A experiência passada trata apenas da formação das
crenças pessoais e das nossas relações com o mundo, é aquela voz interna que
dita como podemos avaliar nossas atitudes perante o mundo e as pessoas que nele
estão. É a experiência passada que nos dá o parâmetro para medir se a vida é
justa ou não e normalmente deixamos que estas crenças, baseadas nas
experiências passadas, dominem nossos pensamentos nos limitando cada vez mais e
mais.
A experiência futura é outro problema, para quem nela
vive. É possível ter uma experiência futura? Aparentemente não, mas só
aparentemente.
Boa parte da população mundial vive no futuro em
detrimento do seu momento presente. São tantas preocupações (ocupar-se antes),
ilusões e o agora, o momento presente, fica em último plano, quando fica.
Viver no futuro é viver em ilusão longe do potencial de
criação que a condição humana nos fornece. Viver no futuro inibe a criação de
um mundo pessoal melhor, faz com que fiquemos nossa vida toda aguardando,
esperando por um mundo melhor.
Criar um mundo melhor só nos é possível quando vivemos o
agora intensamente.
Imagine a cena da princesa que fica aguardando a chegada
do seu príncipe, absolutamente dependente de sua vontade e da força do destino.
É isso que acontece quando vivemos na ilusão de um futuro melhor, com a
diferença que na grande maioria das vezes não há um final feliz.
Viver o momento presente, no agora, elimina a idéia de
que a vida é injusta. Não há injustiça na vida nem no viver, há sim, resultado
das ações que fizemos dos atos que realizamos apenas isso, RESULTADO.
Para mudar o resultado das nossas ações é preciso alterar
nosso modo de existir no momento presente, alterando nosso comportamento,
nossas ações, nossas interações com as pessoas, próximas ou não.
Portanto se você vê injustiça na vida, reavalie como
conduz a sua e crie uma nova realidade a partir do momento presente, do agora,
vivenciando cada instante como sagrado, como um bem insubstituível e, por
certo, terá uma vida boa.
Recebam meu abraço,
Paulo Lima
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