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quarta-feira, junho 17, 2009
DE VOLTA PARA A VIDA, DO BLOG.
Meus caros e minhas caras, estou de volta!
Trago alguns fragmentos de reflexões.
Na foto o belo por do sol em Botelhos - MG.
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Calo-me diante da severidade do mundo. E, mesmo com este calar, ainda espanto-me com todas as possibilidades e potencialidades nele contidas e, da mesma forma, ainda surpreendo-me com nossas humanas atitudes.
Neste mundo sou apenas a folha seca que cai, ante o menor movimento do ar. Sou a força e, por seu paradoxo, a leveza. Sou o amor, muito mais que a dor; sou a juventude ainda sem motivo nesta minha maturidade arrependida.
Se não ouso falar, é por que calar ainda é a solução para todo o meu imaginário e, para mim, tudo o que é subjetivo é pouco ativo, mas muito atuante.
Querida consciência, nunca te busquei, nem sequer atravessei a penumbra da porta que colocaste diante de mim. Por isso quase naufraguei, eu e meus sonhos, rebeldes, perdido entre as belas pernas de uma mulher.
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Eu sou a minha própria alma em busca do nada, do nada que a vida fornece. Do nada que criamos, do nada que levamos para depois da terra em nossas faces. Eu sou o eterno, perdido em meus retornos, encantado pelo amor que brota gratuito na alma que me possui. Eu sou Deus e o próprio Universo que me circunda. Eu sou a flor da manhã, o orvalho que a acalenta, eu sou o ar que respiro, que respiras, que suspiras, que transpiras em teu movimento diário quando sai à caça do alimento que te sustêm.
De mim, nunca esperei nada, nem mesmo o sorriso que ouso lançar em minha cara marcada pela esperança. De mim, sempre esperaram muito. Acredito, talvez, para suplantar a própria mediocridade, a própria vaidade.
Nunca senti muito, apenas me deixei ficar e alegrei-me quando, sorrateiro, diria altaneiro, sobrevoei minhas próprias esperanças, minhas próprias lembranças e observei minhas dores soterradas em rocha firme e alcantilada, tornando-as propriedade da minha mãe mais bela, a Mãe Terra. Ser maternal e existente em minha própria alma.
Neste dia deixei-me. Apenas fiquei, inspirei profundamente o hálito supremo da vida e além, muito além da fé, da religião, da ciência, da arte ou de qualquer outro ofício terreno senti minha alma expandir-se, expandir-se, de tal modo que o universo deixou de existir lá fora, eu o sentia junto a mim, dentro de mim, integrando-me e tornando-me uno com todos os seres em todos os universos e dimensões.
É verdade, após toda esta jornada, ainda continuei por aqui, em carne e vivendo dela. Mas, nunca mais fui o mesmo.
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Sempre soube que necessitava mudar, crescer e transformar minha alma em um laboratório constante para o meu aprendizado. Nunca desejei mudar ninguém. Não acredito que isso seja possível, envolve diretamente a vontade do outro e a esta vontade não está sob o meu domínio, talvez possa auxiliar nisso, nada além.
Há uma jornada solitária que nos aguarda. O nascimento, a vida e a morte. Da forma que cheguei, vivi e morri...despido de mim próprio, pois nem mesmo a riqueza é o dote que me conduzirá para lago e seus barcos de travessia. Bastará apenas uma moeda para entregar ao barqueiro...
um dos rascunhos iniciais do livro Montanha das Ilusões que será publicado em 2010.
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então este é o livro! ou um fragmento dele... o que foi que andou passando? está tudo bem com você? tanto tempo sem escrever e chega assim com tantas emoções, tão mais vivo do que nunca? que bom.
ResponderExcluirum beijo
da mutante.
Caro Paulo,
ResponderExcluirbom regresso!
Um grande abraço,
Tarso.