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quarta-feira, outubro 10, 2007

DEVANEIOS LOUCOS DE UM HOMEM APAIXONADO

DEVANEIOS LOUCOS DE UM HOMEM APAIXONADO
Texto escrito em 2003.

As horas corriam soltas e meu pensamento não queria mais se responsabilizar por meus atos. A espera se deu ao longo de 24 horas e, por mais que eu tentasse você não consentiu em me receber. Teu silencio foi meu maior algoz.
Veja, tente sentir o que sente meu coração. Quantos tropeços, quantas palavras ditas sem pensar e com a intenção única de magoar? Se te procuro é por que em meu peito arde em paixão quase insana. Quantas estrelas eu contei e por quantos mares eu naveguei? Tudo isso para encontrar teu coração e finalmente quando lá chego já há outro veleiro ancorado.
Grita minha alma, mesmo calada a boca e sei, todos podem me ouvir. Resta ao corpo obedecer cegamente o teu comando. Atiro-me sobre ti, busco o simples dote do teu olhar e a benção do teu amar. Rendo-me aos instantes sagrados de tua pura liberdade.
Entendo que não se deve privar de atender aos apelos daquele que a desfrutou e é dono de teu coração. Mas, e a mim, pobre amante condenado ao eterno sonho de te amar... o que me resta?
Será que devo apenas acompanhar os teus passos como fiel assistente? Não! Não vou relegar ao meu desejo de querer-te a nostalgia do amor não conquistado.
Amo-te e quero beijar-te até raiar o dia. Mais do que tocar teu corpo quero amar tua alma como o especialista que degusta os melhores vinhos. Quero acariciar teus cabelos, suave e docemente e que a madrugada inveje-me o poder de desfrutar esses doces momentos ao teu lado.
Por que não me procuras, se tens o poder em tuas mãos? Por que jogas assim com meu coração?
Pelo menos sabes o que queres? Ou, andas testando corações desavisados que aportam em tuas águas? Não importa... as horas não respeitam o meu desejo ardente de controlar o tempo. Busco ferozmente alforria e proteção no uso das palavras. Nelas encontro o que o que tanto procuro. Sei que este sofrido coração não é culpado e, é exatamente por isso que sigo ferozmente em busca de teu seio.
Vou mergulhar em um universo incontido do amor. Vou à caça das mais lindas estrelas e com elas vou iluminar a inquietude de tua alma. Vou abrir uma lacuna no tempo e sem o menor pudor vou tocar o teu seio. Vou amar-te na madrugada.
Não vou considerar os padrões banais dessa mísera sociedade.
Ouvi, desde a mais tenra infância, que o homem deve apaixonar-se por uma única mulher e com ela deve-se casar. O que faço então com este desejo, insano, profano e maravilhosamente impuro?
Devo guardá-lo e fazer de conta que não o sinto. Não que todas as mulheres sejam iguais, mas por que essa diferença me excita e me faz sentir mais vivo? Saber que, entre todas, nunca encontrarei uma sequer que seja idêntica em corpo e alma. É isso que faz com que se avolume, dentro de mim, o desejo e o fogo da emoção.
A paixão incontida... e é paixão mesmo, aquele sentimento sorrateiro que assalta e marca nossa alma para toda a eternidade. Quando ela se apossa de nosso ser, nos transforma em eternos escravos do desejo, da vontade suprema de tocar aquele corpo desejado, de desnudá-lo vagarosamente, peça por peça. Com os lábios umedecidos tocar suavemente cada parte do corpo, sussurrar em suas orelhas, palavras de amor que atravessarão o universo em busca de um significado.
E os seios? Ah... seus seios. A divina perfeição. Estes eu nunca deixaria por último. Beijá-los, acariciá-los, são apenas símbolos em toda a dança cósmica. A transformação dos mamilos em excitação pura é a demonstração que a obra divina rendeu-se a seu criador.
Meu toque é um toque de amor supremo, é um toque sereno que busca tua alma feminina em todos os recantos do mundo. Sei que não és somente minha, sei que na calada da noite, madrugada, poderei somente te encontrar no corpo e na alma de outra mulher. Sei que as horas sôfregas, nunca se renderão aos meus deleites profanos, sei que nunca serei deus, mas apenas humano. Assim, como humano, nas madrugadas vou te procurar e aos teus dotes vou me render...
22:30hs... finalmente é ela quem chega e não tem muito tempo, vou parar de escrever...

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